Até aonde vai a segurança no Rio? Como resolver a questão do controle urbano e da criminalidade? Qual a meta que os governos do Estado do RJ e do município tem para a neutralização do crescimento do crime na cidade do Rio de Janeiro?
Conforme disse o Secretário de Segurança do RJ, Beltrame: "O Rio de Janeiro tem núcleos de violência. Nós temos índices de criminalidade europeus em determinadas áreas".
Até podemos aceitar que o crime existe em qualquer lugar do mundo, mas não como é apresentado (e de forma peculiar) na cidade do Rio de Janeiro. Os governos precisam tratar a segurança como questão básica para uma melhor qualidade de vida do carioca. Sabemos também que não é somente a segurança fator primordial para a solução dos problemas da cidade, e que principalmente o que leva muitos indivíduos a participarem do crime são a falta de uma estrutura educacional, profissional e de base familiar. Falta auto-estima e respeito social. Falta apoio do Estado. Falta incentivo na arte, na cultura, nas escolas, na música, nos esportes, na ciência e em tudo que está relacionado com os fundamentos éticos do cidadão.
Falta aos governos um melhor entendimento da situação calamitosa, que consideramos um "tsunami" nas bases elementares do cidadão.
Acabar com que é ruim é difícil, mas criar meios que levam a uma vida sem princípios é facilmente absorvida e seguida por aqueles que não tem direito ou perspectivas de uma vida sadia e ética.
Há algum tempo atrás dizia-se que se era pobre mas era honesto, hoje, esse conceito parece não ter tanto o valor significativo que carregava consigo o respeito e o valor moral que todo o ser humano merece. O estilo de hoje em dia, para esses jovens e até para muitos pais que os criaram, é do princípio de que se dar bem, ter as coisas materiais e o poder são as principais regras da nossa atual sociedade consumista e desequilibrada. A honestidade, o respeito, a bondade, os valores sociais e humanos , tornaram-se atores coadjuvantes do novo século. Infelizmente e com muito pesar, somente poderemos tentar ver uma luz longíquo, talvez infinitamente distante, de um Rio melhor, mas coerente com a beleza extraordinária da cidade e do seu povo alegre e cordial.
Esperamos com certeza, que os políticos, os empresários, as associações de moradores, as Ongs, Oscips, clubes, todas as entidades ligadas a sociedade e o povo carioca possam encontrar uma luz maior no encontro da paz e controle urbano da nossa cidade.
por Victor Hugo
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