Lembro-me muito bem dos carnavais passados, principalmente os das décadas de 70 e 80. Minha mãe levava eu e minha irmã para os bailes de carnaval, já que meu pai não gostava. Para bom entendedor, baile de carnaval era traduzido em praticamente 4 horas de pura marchinha. Os salões dos clubes eram enfeitados com temas carnavalescos, mesas com cadeiras e um belo palco com uma banda carnavalesca. Começava com Cidade Maravilhosa, passava por Jardineira e seguia com outras diversas e maravilhosas marchinhas de carnaval. Fui a muitos bailes de carnaval, ótimos e muito alegres por sinal,,,aqueles de família mesmo, mas não deixava de ter aqueles beijos ardentes, muitas paqueras e até casamentos. Acredito que carnaval é isso e com certeza não é a festa do mal, mas da liberdade das amarras do dia a dia. No carnaval de 1983 passei no Iate Clube de Rio das Ostras, uns dos últimos propriamente ditos, pois daí em diante os bailes foram diminuindo consideravelmente - e com certeza foi um dos melhores que passei. Tempos depois, na década de 90 retornei e tentei frequentar o baile de carnaval que já não mais existia. Encontrei uma cidade lotada, deteriorada e que ao invés dos blocos maravilhosos que por ali passavam, haviam carros com os porta-malas abertos esbravejando funk. Muita confusão, gente atropelando umas as outras, xingações e até tiroteios. Uma lástima ver que aqueles "ingênuos" bailes e blocos de carnaval haviam realmente acabados.
Será que o autêntico carnaval de rua acabou? Que os jovens de hoje possam recriar e trazer de volta o puro e autêntico bom carnaval! E que Niterói também!
por Victor Hugo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Você é livre para expor as suas idéias, pensamentos,críticas e sugestões, mas lembre-se que respeitar o próximo é fundamental para que possamos ter uma contribuição positiva na defesa do novo mundo. O espaço é democrático desde que não haja palavras ofensivas.
O editor